segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Convidados de Segunda Feira dia 14/12

Para abrir o tema ACHINFRINAR a Filomena convidou dois artistas ligados à área da música: Maestro António Vitorino De Almeida e Boss AC.



António Victorino Goulart de Medeiros e Almeida (Lisboa, 21 de maio de 1940) é um compositor, maestro, pianista e escritor português. Dedica-se esporadicamente a outras actividades, como a realização de programas de televisão sobre música.
É pai das actrizes Maria de Medeiros e Inês de Medeiros.

Foi marcado pelas referências culturais que o ambiente familiar lhe proporcionou: o seu avô paterno, Achilles d'Almeida, era músico amador, poeta, autor e encenador de peças de teatro e Maria Amélia Goulart de Medeiros, de origem açoriana, mãe do Maestro, iniciou uma curta carreira de cantora lírica. Sua primeira sogra, Odette de Saint-Maurice, foi escritora. Seu pai, o advogado Vitorino d'Almeida, incentivou António, filho único, a desenvolver o gosto pela música.

Com tantos ascendentes artísticos, o jovem António começou desde muito cedo a aprender música. Aos cinco anos compôs a primeira obra, mas apesar de ter sido considerado menino-prodígio, teve uma infância «normal». Com sete anos deu a primeira audição e interpretou obras de Mozart e Beethoven, para além de duas peças de sua autoria. Uma crítica da época, no Século Ilustrado, baptiza o pequeno prodígio de "Antonito" e considera «maravilhoso o seu poder de interpretação».

Vitorino d'Ameida frequentou o liceu em simultaneidade com o Curso Superior de Piano no Conservatónio Nacional de Lisboa. Campos Coelho terá sido o professor de música que mais o influenciou. Concluiu o curso com 19 valores e obteve uma bolsa de estudo do Instituto de Alta Cultura para estudar composição em Viena de Áustria, na Academia de Música. Foi aluno do professor austríaco Karl Schiske, e concluiu esta pós-graduação com a mais alta classificação dada por aquela escola: a distinção por unanimidade do júri e consequente prémio especial do Ministério da Cultura da Áustria. Fixou residência em Viena, onde viveu durante duas décadas, sem contudo deixar de fazer visitas regulares ao seu país.

Durante sete anos (1974-1981), foi adido cultural da Embaixada Portuguesa em Viena, cargo que lhe valeu uma condecoração atribuída pelo Presidente da República da Áustria. Em 1989 decide entrar na arena política nacional e apresenta a sua candidatura ao Parlamento Europeu como cabeça de lista pelo MPD/CDE, vaga que não chegou a preencher. Vitorino d'Almeida leccionou ainda cursos de musicologia na Universidade do Porto e em Tavira.

A sua carreira como concertista entrou algumas vezes em conflito com a actividade de composição e ambas sofrem da dispersão por áreas aparentemente tão distintas como o cinema, a televisão, a escrita e a rádio. Apesar de ter sempre o tempo muito ocupado, privilegia sempre a música, pois considera ser essencialmente um compositor e argumenta que a música é o elo de ligação que dá consistência a tudo o que faz. A sua obra é muito vasta, e abrange os mais variados géneros musicais, desde a música a solo, para piano e outros instrumentos, à música de câmara, à música sinfónica e coral-sinfónica, ao "Lied" ou à ópera, além de muita música para cinema ou para teatro e fado, sendo sem dúvida um dos compositores portugueses que mais obra produziu.

Maria de Medeiros e Inês de Medeiros são filhas do Maestro António Vitorino d'Almeida com Maria Armanda Esteves. Inês estreou-se com dez anos no filme que o pai realizou (1980 - A Culpa). O Maestro tem ainda outra filha, Anne Victorino d'Almeida violinista e compositora, do seu actual casamento com Sylvine Harlé.

Tem a sua música publicada na AvA Musical Editions.



Boss AC é um já conhecido Rapper Português, nascido Ângelo César, Boss AC é filho da cantora e actriz cabo-verdiana Ana Firmino e do pintor cabo-verdiano António N. Firmino (Toi Firmino). Nascido em Cabo Verde, foi para Portugal com menos de um mês e lá cresceu, pelo que se auto-define como "tuga-verdiano"
Boss AC iniciou a sua carreira musical em meados dos anos 89/90. Chegou a ser vocalista dos Cool Hipnoise, depois Boss AC foi um grupo composto por AC e Q-Pid. Fez também várias participações especiais em discos dos Da Weasel, General D e Fernando Cunha, dos Delfins, o que lhe deu algum impulso no mundo da música.

Por essa altura ganharam alguma projecção rappers oriundos maioritariamente da cintura periférica da Grande Lisboa. Esse movimento veio a traduzir-se na compilação "Rapública" (Sony, 1994) na qual Boss AC foi responsável pela produção, autoria e composição dos temas "Generate Power" e "A Verdade". Sendo os primeiros temas próprios lançados em disco, Rapública marcou o arranque definitivo da carreira do artista.

Em 1996, foi o autor do hino de campanha de Cavaco Silva.

No final de 1997 Boss AC partiu para os EUA, onde gravou as faixas que deram forma ao álbum Manda Chuva, com a mistura de Troy Hightower, um dos mais requisitados misturadores de hip-hop dos EUA. Boss AC entrou em contacto com ele através dos Mind Da Gap, cujo tema "Sem Cerimónias" foi misturado pelo Troy.

Depois de feita a pré-produção e a gravação do disco em Nova Iorque, Boss AC regressou a Portugal, onde registou as vozes que participaram em Manda Chuva. O artista convidou nomes como Sam e Melo D, ou os DJ's Soon e Dee Nasty. Construído como um filme, "Mandachuva" apresenta um cuidado especial na interligação dos temas que dão forma ao registo, através do recurso frequente a intros e a diversos outros skits.

"Mandachuva" chegou às lojas em 1998, marcando a estreia do cantor. O álbum, reflectindo intenções já antigas de Boss AC experimenta novas abordagens musicais – ragga, soul, R&B – sempre em torno do hip-hop. É também perceptível a influência das suas origens africanas, com temas como "Corda" e "Tunga, Tunguinha" cantados em crioulo, e "Velhos Tempos", que fala da sua infância em Lisboa. Nesse álbum, teve a colaboração vocal de Q-Pid.

Seguidamente, juntou-se a Gutto, o líder dos Black Company (também chamado de Bantú nessa altura), uma das bandas que gravaram no Rapública, autores do que provavelmente foi o primeiro grande sucesso do rap português, o tema "Nadar". Boss AC e Gutto formaram a No Stress, actualmente uma das maiores produtoras de hip-hop em Portugal.

Boss AC participou em trabalhos dos Xutos & Pontapés e dos Santos & Pecadores, compôs para cinema ("Zona J", "Lena") e televisão ("Masterplan", "Último Beijo").

Em em Março, Boss AC lança "Ritmo, Amor, Palavras", cujas misturas ficaram a cargo do seu colaborador de longa data, Troy Hightower – que já misturou para De La Soul, Busta Rhymes, LL Cool J, Outkast e Janet Jackson, entre outros – nos estúdios Hightower Productions, em Nova Iorque. A masterização foi assinada por Jim Brick, nos estúdios Absolute Audio, em Nova Iorque, onde já foram masterizados trabalhos de Mariah Carey, Puff Daddy e Mos Def.

O CD tem a participação de vários artistas, nomeadamente Carla Moreira ("Boa Vibe"), Pos, dos De La Soul ("Yo (Não Brinques Com Esta Merda)"), Rita Reis ("És Mais Que Uma Mulher"), Sam The Kid ("Faz O Favor De Entrar (Tuga Night)"), Berg ("Princesa (Beija-me Outra Vez)"), Da Weasel ("Só Vês O Que Queres Ver"), DJ Konnecta ("Quem Sente, Sente"), Débora e Gutto ("Sentir Tão Bem") e Konscious (na faixa bónus "Original Riddim").

"Ritmo, Amor e Palavras" chegou ao estatuto de disco de ouro em Agosto de 2005, por mais de dez mil cópias vendidas. Em Outubro atingiu a marca de disco de platina, tendo vendido mais de 30.000 unidades até perto do final do ano. Dentro do género do hip-hop chegou a ser um dos três discos mais vendidos de sempre em Portugal. O single de estreia, "Hip-Hop (Sou eu e és tu)", ascendeu rapidamente aos primeiros lugares nos tops, liderando as preferências em media como a MTV Portugal, Cidade FM, e Antena 3, entre outros. Integrou, ainda, a banda sonora de vários programas de TV com grande audiência nacional e entrou em múltiplas colectâneas editadas durante 2005. Em Setembro de 2005 foi nomeado para os prémios da MTV Europe Music Awards, na categoria de Best Portuguese Act.

Boss AC empenhou-se numa digressão extensa, com concertos em Portugal e também em Moçambique. Em Outubro, o rapper português assegurou a primeira parte da estreia de 50 Cent em Portugal, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.


(peço imensa desculpa pelo texto "chapado wikipédia" mas como sabem todos no blog somos estudantes e por vezes é dificil conciliar escola com blog. Mas caso não saibam vocês teem a oportunidade de se tornarem escritores do blog)

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