quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Convidado de quarta-feira dia 08/09

Pânico. Não sei o que escrever na introdução. Das outras vezes lá inventava qualquer coisa mais ou menos engraçada (o habitual) e safava-me assim. Hoje não me ocorre nada de jeito. Talvez porque o convidado seja demasiado sofisticado para o meu cérebro de passarinho…

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Francisco Louçã
[ um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados ]

Francisco Anacleto Louçã nasceu em Lisboa, a 12 de Novembro de 1956 é um importante economista e político do nosso país. Estudou no Liceu Padre António Vieira, em Lisboa, licenciou-se em Economia, no Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa, onde ainda fez o mestrado e concluiu o doutoramento, em 1996. Em 1999 prestou provas de agregação (tendo obtido aprovação por unanimidade) e, em 2004, ascendeu a Professor Associado. Preside à Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia do ISEG. Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suíça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha.
Politicamente, participou na luta contra a ditadura e a guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso na Capela do Rato (Dezembro de 1972); libertado de Caxias sob caução. Aderiu à LCI, secção portuguesa da Quarta Internacional, em 1973 (transformada em PSR em 1979) e faz parte da sua estrutura da direcção quando do 25 de Abril de 1974, participando na luta política desde então. Fundador do Bloco de Esquerda em 1999 e membro da sua direcção desde essa data., foi eleito deputado por Lisboa em 1999, reeleito em 2002 e em 2005. No Parlamento, pertence às comissões da área de economia e finanças e, durante uma legislatura, pertenceu igualmente à comissão de liberdades, direitos e garantias. Foi um dos intervenientes na preparação da reforma fiscal parcial de 2000, de que algumas medidas emblemáticas foram logo revogadas pelo governo Guterres e depois pelos governos das direitas.
Apresentou e defendeu inúmeros projectos de lei da sua bancada, alguns dos quais foram aprovados nestas três legislaturas: criminalização da violência doméstica, acesso livre à contracepção de emergência, descriminalização do consumo de drogas e nova política para a toxicodependência, legalização das medicinas alternativas, lei sobre a informação genética e pessoal de saúde, redução dos prazos do trabalho a prazo, novas políticas fiscais e outras. Defendeu projectos que foram recusados, nomeadamente sobre a criação de um imposto sobre as grandes fortunas, sobre as regras para o levantamento do segredo bancário para efeitos de combate à fraude fiscal, generalização da banda larga, separação entre drogas leves e duras, administração médica de canabinóides em doentes terminais e crónicos e outros.
Participou como convidado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre e em diversos fóruns e contra-cimeiras na Europa. Participou nos movimentos sociais contra a guerra imperial, com Mário Soares, Freitas do Amaral, Maria de Lurdes Pintasilgo, Boaventura Sousa Santos, Carvalho da Silva e muitas outras personalidades. É membro da direcção do Partido da Esquerda Europeia.
Em 2005, tendo sido convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.

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